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Chove. É dia de Natal
Lá para o Norte é melhor:
Há a neve que faz mal,
E o frio que ainda é pior.
E toda a gente é contente
Porque é dia de o ficar.
Chove no Natal presente.
Antes isso que nevar.
Pois apesar de ser esse
O Natal da convenção,
Quando o corpo me arrefece
Tenho frio e Natal não.
Deixo sentir a quem quadra
E o Natal a quem o fez,
Pois se escrevo ainda outra quadra
Fico gelado dos pés.
Fernando Pessoa
http://www.museu.presidencia.pt/expo_temporarias_detail.php?ID=2344&IMG=6565&PAGE=1
Viveiros dos Jardins do Palácio de Belém
Abertura ao público: 15 de Dezembro
www.museu.presidencia.pt
Horário
Terça a Sexta-Feira: 14h00-17h30
Sábados, Domingos e Feriados: 10h00-17h30
No mês em que Nadir Afonso completa 90 anos de idade, o Museu da Presidência da República organiza uma exposição comemorativa da vida e obra do artista, a inaugurar, no próximo dia 14 de Dezembro, no Palácio de Belém. O arquitecto, ensaísta e pintor Nadir Afonso, nascido em Chaves, em 1920, desenvolveu, ao longo da sua vida criativa, uma obra profícua e original, inconfundível no panorama estético, filosófico e artístico contemporâneo. Nesta mostra, apresentam-se nove trabalhos considerados pelo autor como determinantes no seu percurso criativo, desde a década de 1930 até à actualidade. Além dessas obras, e de alguns objectos pessoais, que constroem uma narrativa biográfica, são mostrados, pela primeira vez ao público, cerca de 150 desenhos e estudos que documentam o processo criativo do artista. A pintura de Nadir Afonso ficou imortalizada, não só em tela, como em vários outros suportes, apresentando-se, nesta exposição, algumas peças de tapeçaria e cerâmica, ilustrativas dessa pluralidade. Também em exposição, vários exemplares bibliográficos da sua vasta obra no domínio da filosofia e
teoria da arte.
O pintor, que hoje completa 90 anos, é o convidado de honra do XXIV Salão de Outono do Casino Estoril.
Uma semana depois de, pela terceira vez, ter sido operado à coluna, Nadir Afonso já estava debruçado sobre uma das várias telas que tem começadas. Desenrolada no chão da sala de trabalho, no segundo andar da sua casa, em Cascais, o pintor descobrira algo que precisava de ser retocado. "Eu demoro muito tempo para criar uma obra", diz. "Isto é um namoro para encontrar a forma pura, porque há leis matemáticas", revela.
Aos 90 anos, Nadir Afonso, um dos mais importantes pintores contemporâneos portugueses, continua a trabalhar com o mesmo prazer e entusiasmo de sempre, tentando encontrar a forma pura, absoluta, matemática. E três dias antes do seu aniversário, e da homenagem que a Galeria de Arte do Casino Estoril lhe rende, afirma convicto: "Aos 90 anos posso dizer que encontrei um sentido para a arte, ou seja, encontrei as leis que regem a obra de arte."
Para além de apresentar doze obras na exposição enquanto os 50 artistas convidados estão representados apenas com dois trabalhos, Nadir terá ainda direito a bolo de aniversário. Para o pintor, esta homenagem representa o encontro com velhos amigos, "alguns desde as Belas-Artes" no Porto, onde se formou em Arquitectura, no início dos anos 1940.
Mas não se alonga sobre o assunto. É que estas miudezas do dia-a-dia escapam-lhe. A ele, o que lhe interessa é a arte, a criação artística e a teoria estética que investigou desde cedo na sua carreira e que defende, contra tudo e contra todos. "Toda a minha vida procurei as leis que regem a obra de arte. Dizem que o artista é intuitivo e faz o que faz sem perceber, que o faz por intuição. Eu cometi a gaffe de tentar fazer e compreender o que faço. E, porque tenho uma estética, tentei depois explicar porque faço", diz, aludindo às várias obras que escreveu, desde La Sensibilité Plastique, em 1958, a O Tempo não Existe, editado já este ano. E toda essa busca teve consequências. "Cheguei a conclusões que diferem totalmente das conclusões vigentes. Não só em Portugal mas à superfície do planeta", afirma. "A meu ver, a obra de arte é regida por leis matemáticas. Há uma qualidade no espírito do homem que é puramente intuitiva. E trabalhando as formas, inconscientemente, o verdadeiro artista emprega leis matemáticas das quais não se apercebe", refere. Mas chegar a este ponto exige muito trabalho, muita perseverança. Por isso é o crítico mais feroz da sua obra: "O que foi apresentado no Museu do Chiado não vale nada", confidencia, referindo-se à exposição que este Verão foi apresentada, com obras realizadas entre 1930 e 1960. "No início ainda não tinha compreendido que havia as leis matemáticas", justifica.
http://dn.sapo.pt/inicio/artes/interior.aspx?content_id=1727083&seccao=Artes%20Pl%E1sticas
HOMENAGEM A NADIR AFONSO no XXIV SALÃO DE OUTONO
A Galeria de Arte do Casino Estoril, a exemplo do que já fez em relação a outros autores, homenageando-os com exposições colectivas, em que participaram muitos outros artistas, propõe-se distinguir, também, Nadir Afonso, por ocasião do seu 90º aniversário, com uma grande e qualificada exposição colectiva.
Tal exposição, que consistirá no XXIV Salão de Outono, vai ser inaugurada às 17,30 horas de 4 de Dezembro, Sábado, dia do seu aniversário, em que Nadir será o convidado de honra e que integrará, além de trabalhos do homenageado, obras de cinco dezenas de artistas, que foram convidados a participar, uns jovens, em início de carreira, e outros, já consagrados, nomeadamente, Júlio Resende, Manuel Cargaleiro, Francisco Laranjo, Matilde Marçal, Quadros Ferreira, Alcino Soutinho, António Pedro, Lima Carvalho, Carlos Calvet, Noronha da Costa, António Modesto, Mário Bismarck, Jaime Silva, Jacinto Luis, Abreu Pessegueiro, Diogo Navarro, Pedro Rocha, Luis Cohen Fusé, Paulo Ossião, Pedro Castanheira e Rogério Timóteo, entre outros.
Nadir Afonso é, indubitavelmente, um dos mais importantes pintores portugueses contemporâneos.
É o pintor das grandes urbes do mundo, com uma linguagem plástica exclusivamente sua, fruto de uma rigorosa e permanente investigação, que tem feito acompanhar com a publicação de numerosos livros, onde fundamenta o seu pensamento sobre a Arte.
Esta exposição manter-se-á patente ao público até 15 de Janeiro de 2011, todos os dias, das 15 às 24 horas.
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Boa noite, não existem serigrafias da pintura dest...
Boa tarde! Escrevo a partir de Havana. Sou um gran...
Não existe
Boa noite. Existe serigrafia desta obra? Se fosse ...
Gosto muito de Nadir Afonso, disruptivo para a épo...